sexta-feira, 19 de junho de 2009
Por que Segunda sem Carne?
Segunda sem carne: nasce um movimento
Um grupo de organizações de saúde pública dos Estados Unidos lançou recentemente a campanha “Segunda sem carne”, que encoraja os cidadãos a se comprometer com uma ação simples: evitar o consumo de carne às segundas.
E como deixar de comer carne pode fazer diferença? Em primeiro lugar, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), as emissões de gases-estufa associadas à cadeia de produção da carne representam um quinto das emissões totais mundiais. Nada menos que 18% das emissões provém do desmatamento para a criação de pastagens, do transporte da carne e do processamento industrial do alimento, entre outros fatores.
Além disso, o excesso do consumo de carne pode aumentar a incidência de câncer, enquanto dietas ricas em frutas e verduras reduzem o risco de problemas cardiovasculares e diabetes.
Segundo a campanha “Segunda sem carne”, se a população total dos Estados Unidos não comesse carne às segundas, a redução das emissões seria equivalente a que ocorreria se todas as pessoas do país trocassem seus veículos comuns por um carro ultra-eficiente energeticamente, como o híbrido Toyota Prius. A quantidade de água economizada seria suficiente para que cada pessoa enchesse sua banheira aproximadamente 20 vezes por ano, e se evitaria o consumo de 12 bilhões de galões de gasolina. Já imaginou como estes números poderiam aumentar se todo o mundo participasse desta iniciativa?
“Os desafios que o mundo enfrenta são variados e complexos. Os recursos mundiais estão se esgotando, os ecossistemas se deterioram, o sistema financeiro cambaleia e muitas pessoas vivem em condições de pobreza. Diante destes desafios, o que cada um pode fazer pelo planeta?”, destaca o vídeo de apresentação da campanha. (http://www.youtube.com/watch?v=bpnKeYmR1NM).
A resposta vem em seguida: “A produção de carne é extremamente ineficiente, o que ameaça os recursos naturais e a saúde pública, e aumenta a emissão de gases do efeito estufa que estão acelerando o aquecimento global. Não pedimos que você se torne vegetariano nem se transforme em defensor dos direitos dos animais, mas apenas assuma o compromisso de não comer carne uma vez por semana. Nenhum outra ação é tão simples e poderosa para ajudar o planeta”.
Para participar da campanha, evite comer carne às segundas, e escolha receitas vegetarianas para substitui-la.
Paul McCartney defende dieta vegetariana para combater mudança climática
http://celebridades.uol.com.br/ultnot/efe/2009/06/15/ult4250u1367.jhtm
Londres, 15 jun (EFE).- O ex-Beatle Paul McCartney aderiu a uma campanha para que as pessoas não consumam carne pelo menos um dia da semana, em prol do combate à mudança climática.
O músico e suas filhas, Stella e Mary, apoiam a campanha "Meat Free Monday" ("Segunda-feira sem Carne", em tradução livre), cujo objetivo é reduzir as emissões de gás que causam o efeito estufa, que contribuem de modo significativo ao perigoso aquecimento do planeta.
A família McCartney conseguiu apoio de diversas personalidades, entre elas os atores Kevin Spacey e Woody Harrelson; Chris Martin, vocalista da banda Coldplay; e o empresário Richard Branson, fundador da linha aérea Easyjet.
"Deveríamos nos preocupar com a mudança climática porque, se não fizermos isso, deixaremos um problema gravíssimo como herança para nossos filhos e netos", advertiu McCartney, que é vegetariano há muitos anos, em declarações ao jornal "The Independent".
O presidente do Painel Intergovernamental da ONU sobre a Mudança Climática (IPCC, em inglês), Rajendra Pachauri, recomenda um dia de dieta vegetariana por semana.
Alguns conhecidos chefs britânicos se somaram à campanha e oferecerão menus vegetarianos especiais às segundas-feiras.
Paul McCartney, que conseguiu o apoio da viúva do também ex-Beatle George Harrison, Olivia, negou ao "Independent" que esteja aproveitando a campanha da ONU para impulsionar suas próprias ideias vegetarianas.